O que é API e para que serve?

As APIs (Interface de Programação de Aplicações) são fundamentais para o desenvolvimento de softwares modernos, para promover integração, inovação e eficiência nos mais variados contextos. Na prática, um aplicativo de clima usa a API de um serviço meteorológico para obter informações em tempo real, como temperatura e previsão do tempo, sem precisar coletar ou calcular esses dados, por exemplo.

Além desse exemplo, o uso de API no cotidiano pode ser observado nas redes sociais (integração de login ou compartilhamento de conteúdo), em aplicativos de mapas (rotas, localização) e em sistemas de pagamento (integração com gateways como PayPal ou Stripe).

O que é uma API (interface de programação de aplicações)?

Uma API (Interface de Programação de Aplicações) é um conjunto de definições, regras e protocolos que permite que diferentes softwares se comuniquem entre si. Ela atua como uma interface que define como as requisições de dados ou funções podem ser feitas entre sistemas, facilitando a integração e o compartilhamento de funcionalidades.

Uma API permite que um programa acesse recursos ou dados de outro software ou serviço sem precisar conhecer os detalhes internos de como ele funciona.

APIs têm documentações que descrevem como os desenvolvedores podem utilizá-las, incluindo os endpoints disponíveis, parâmetros necessários e formatos de resposta. Podem ser usadas para tarefas simples, como recuperar dados de uma base, ou complexas, como realizar pagamentos, integrar serviços de mapas ou acessar funcionalidades avançadas de machine learning.

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Para que serve API?

Uma API serve para facilitar a comunicação e a integração entre diferentes sistemas, aplicativos ou serviços. Ela funciona como um intermediário que permite que um software utilize funcionalidades ou dados de outro software sem precisar conhecer os detalhes internos de seu funcionamento.

Ilustração 3D mostra um processo bancário em moeda estrangeira usando uma aplicação tecnológica. Processo Core Banking to API. (Imagem: Shutterstock)

Finalidades de uma API

Empresas podem criar ecossistemas, permitindo que outros desenvolvedores expandam suas funcionalidades. Um exemplo clássico são as APIs de redes sociais, que permitem integrações como login via Facebook ou compartilhamento no Instagram.

  1. Acesso a dados e funcionalidades
  • APIs permitem que aplicativos acessem dados ou funcionalidades de serviços externos. Por exemplo, um aplicativo de entrega pode usar uma API de mapas para calcular rotas.

2. Automatização de processos

  • Elas possibilitam a automação de tarefas, como a integração de sistemas internos de empresas para troca de informações em tempo real.

3. Criação de experiências personalizadas

  • Desenvolvedores podem criar soluções sob medida ao usar APIs para adicionar funcionalidades específicas sem precisar desenvolvê-las do zero.

4. Integração entre plataformas

  • APIs conectam diferentes sistemas, permitindo que eles trabalhem juntos. Por exemplo, um site de comércio eletrônico pode integrar um gateway de pagamento via API.

5. Inovação e expansão de serviços:

  • Empresas podem criar ecossistemas, permitindo que outros desenvolvedores expandam suas funcionalidades. Um exemplo clássico são as APIs de redes sociais, que permitem integrações como login via Facebook ou compartilhamento no Instagram.

Tipos comuns de APIs

  • REST (Representational State Transfer): baseada em HTTP, é amplamente utilizada por ser leve e fácil de usar.
  • SOAP (Simple Object Access Protocol): mais formal e com foco em segurança, usada em sistemas corporativos.
  • GraphQL: oferece consultas mais flexíveis, permitindo buscar apenas os dados necessários.
  • APIs de SDKs: fornecem ferramentas específicas para interagir com uma biblioteca ou um conjunto de funcionalidades.

A segurança no uso de APIs é um aspecto essencial para proteger dados sensíveis e garantir que apenas usuários e sistemas autorizados tenham acesso às informações ou funcionalidades disponibilizadas. 

Podemos alertar para alguns riscos no uso APIs, por exemplo, se mal configuradas, podem permitir acesso não autorizado a dados como credenciais, informações pessoais ou transações. A falta de métodos seguros para identificar quem está acessando a API pode permitir abusos.

APIs podem ser alvo de ataques automatizados para roubo de dados ou sobrecarga de recursos. Sem validação adequada de entrada, APIs podem ser vulneráveis a ataques como SQL Injection ou Cross-Site Scripting. E o uso de APIs externas ou bibliotecas desatualizadas pode introduzir vulnerabilidades ao sistema.

(Imagem: Shutterstock)

Práticas de segurança recomendadas para APIs

  1. Autenticação e autorização robusta
  • Utilize padrões como OAuth 2.0 ou JWT (JSON Web Tokens) para validar quem está acessando a API.
  • Aplique o princípio de “menor privilégio”, garantindo que cada cliente tenha acesso apenas aos recursos necessários.

2. Criptografia de dados

  • Use HTTPS para proteger a comunicação entre cliente e servidor, prevenindo interceptações (man-in-the-middle).

3. Rate Limiting e quotas

  • Implemente limites de requisições para evitar abusos e prevenir ataques de força bruta ou sobrecarga.

4. Validação de entradas

  • Sempre valide os dados enviados para a API para evitar injeção de código e outros ataques.

5. Logs e monitoramento

  • Registre todas as requisições e monitore comportamentos anômalos para identificar possíveis tentativas de exploração.

6. Token de acesso e chaves API

  • Exija o uso de chaves API e renove-as periodicamente.
  • Evite compartilhar chaves em ambientes públicos, como repositórios de código abertos.

7. Versionamento e desativação de APIs antigas

  • Mantenha APIs antigas atualizadas ou desative versões obsoletas para mitigar riscos de exploração de falhas conhecidas.

8. Utilização de firewalls de API

  • Implemente firewalls específicos para APIs que possam filtrar requisições suspeitas.

Ferramentas e Padrões de Segurança

  • OpenAPI Specification: documente sua API de maneira clara e padronizada.
  • OWASP API Security Top 10: utilize as diretrizes da OWASP para identificar e corrigir vulnerabilidades comuns em APIs.

As APIs são alvos frequentes de ataques cibernéticos, ao desempenharem um papel crítico na comunicação entre sistemas, tornando-se um ponto de entrada potencial para invasores. A popularidade e a expansão do uso de APIs em plataformas digitais (como aplicativos bancários, redes sociais e serviços de e-commerce) aumentaram significativamente o risco de ataques, principalmente se medidas de segurança apropriadas não forem implementadas.

Portanto, empresas e desenvolvedores devem estar cientes de que, à medida que expandem suas plataformas utilizando APIs, também aumentam sua superfície de ataque. Implementar segurança desde o design até a operação é essencial para mitigar riscos e evitar consequências catastróficas, como vazamentos de dados e interrupções de serviços.

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