Nesta quarta-feira (30), a Meta divulgou seus resultados trimestrais. Para felicidade de Mark Zuckerberg, CEO e cofundador da empresa, ela conseguiu superar as expectativas de Wall Street quando se fala de receita e lucro no terceiro trimestre.
Contudo, nem tudo são flores, pois a dona de Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads alertou para uma “aceleração significativa” nas despesas com infraestrutura para desenvolvimento de inteligência artificial (IA).
A Reuters questiona se esse alerta da companhia não significa que as maiores vendas de anúncios digitais de seu principal negócio de mídia social ainda conseguem cobrir seus grandes investimentos na tecnologia emergente.
Mais números do trimestre da Meta
- No terceiro trimestre, a Meta registrou lucro por ação de US$ 6,03 (R$ 34,75, na conversão direta), enquanto as estimativas, conforme dados compilados pela LSEG, eram de US$ 5,25 (R$ 30,26);
- Por sua vez, a receita ficou em US$ 40,59 bilhões (R$ 233,92 bilhões), enquanto o esperado, segundo a LSEG, era de US$ 40,29 bilhões (R$ 232,19 bilhões);
- A Meta estima que, no quarto trimestre, terá receita entre US$ 45 bilhões (R$ 259,34 bilhões) e US$ 48 bilhões (R$ 276,63 bilhões). A LSEG aponta que os investidores creem que este valor será de US$ 46,31 bilhões (R$ 266,89 bilhões).
A publicidade segue como a principal fonte de receita da empresa, o que, segundo analistas, significa que mais gastos com marketing durante as festas de fim de ano poderão impulsionar, de forma crucial, os lucros da companhia.
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Inteligência artificial
Quando se fala de investimentos em IA, assim como as big techs rivais, a Meta investiu forte em data centers voltados à tecnologia.
Contudo, não há expectativas por parte da empresa de ganhar dinheiro imediatamente com isso, ao contrário dos provedores em nuvem. Dessa forma, seus investidores tendem a criticar e a questionar mais seus gastos com IA.
Ainda assim, seus custos foram mantidos sob controle no último trimestre, com um total de US$ 23,2 bilhões (R$ 133,7 bilhões), com despesas de capital de US$ 9,2 bilhões (R$ 53,02 bilhões).
A Meta projetou quadro de despesas para o ano um tanto melhor, com sua previsão de despesas totais tendo sido reduzida para algo entre US$ 96 bilhões (R$ 55,32 bilhões) a US$ 98 bilhões (R$ 56,47 bilhões).
Todavia, em comunicado, a big tech disse que poderá ter “aceleração significativa no crescimento das despesas com infraestrutura no próximo ano, pois reconhecemos crescimento maior na depreciação e nas despesas operacionais de nossa frota de infraestrutura expandida”.
Após o expediente na Bolsa de Valores, as ações da Meta caíram 2,5%, segundo a Reuters.
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