Chega ao fim o julgamento envolvendo o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, na sigla em inglês) e o Google, que teria dominado ilegalmente a tecnologia de publicidade online. Os argumentos finais anunciados nesta segunda-feira (25) encerram um julgamento realizado em setembro.
Os advogados do DOJ solicitaram à juíza federal Leonie Brinkemal que o Google fosse responsabilizado por conduta anticompetitiva. Testemunhas ouvidas no julgamento disseram ainda que não podiam abandonar o Google ou perderiam milhões de dólares, já que não havia outra maneira de acessar a enorme demanda de publicidade na rede de anúncios da big tech.
O que diz a defesa do Google
- A advogada do Google, Karen Dunn, argumentou que o DOJ estava ignorando decisões comerciais legítimas do Google e que o mercado de publicidade online era robusto;
- “A lei simplesmente não dá suporte ao que os demandantes estão argumentando neste caso”, acrescentou Dunn.
- A empresa argumenta ainda que o governo não considerou a concorrência agressiva no segmento de anúncios online e havia escolhido a dedo uma fatia estreita do mercado.
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O que pode acontecer
Caso o Google tenha realmente violado a lei, a juíza pode considerar o pedido dos promotores para que o Google venda o Google Ad Manager, informa a Reuters. Se trata de uma plataforma da empresa em que anunciantes podem definir lances para compra e venda de publicidade digital.
Vale mencionar que o Google se ofereceu para vender a mesma plataforma para encerrar outra investigação antitruste da UE, mas a proposta foi rejeitada.
Analistas veem o caso como um risco financeiro menor do que outro recente — em que um juiz decidiu que o Google mantém um monopólio ilegal em pesquisas online. Promotores, inclusive, argumentaram que a empresa deve ser forçada a vender seu navegador Chrome.
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