As mudanças climáticas têm provocado mais eventos extremos, seja de enchentes em alguns lugares e secas em outros. O aquecimento global também tem influência sob furacões, ondas de calor ou mesmo tempestades.
Um estudo publicado por físicos da Universidade de Toronto, no Canadá, defende que o aquecimento global não irá levar a um aumento de tempestades. Ao invés disso, as tempestades fortes deverão ficar ainda mais intensas; e as fracas, ainda mais fracas. Mas a quantidade não deverá mudar.
Com o aquecimento global, há mais evaporação de água, o que favorece eventos extremos de chuva. Mas só isso não é suficiente.
Em condições normais, quanto mais quente uma massa de ar, mais água ela absorve. Ao se mover em direção a regiões mais longes da Linha do Equador e, por isso, de temperaturas mais baixas, a massa de ar começa a esfriar e perde sua capacidade de reter tanta umidade.
Por isso, à medida que ocorre a condensação, a massa sobe e puxa mais ar atrás de si, formando uma tempestade. O resultado disso é a redistribuição de calor e umidade entre todos os polos.
No entanto, o aumento do vapor da água tem tornado esse processo menos eficiente, concluíram os pesquisadores. Isso porque diminui o fortalecimento da circulação atmosférica, mas de uma maneira não uniforme.
Massas de ar que conseguem atingir o topo da atmosfera se tornam mais forte, enquanto aquelas que não conseguem ficam mais fracas. Ou seja, as massas mais poderosas ficam ainda mais poderosas.
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Aquecimento global, tempestades e furacões
O aquecimento global também está relacionado a furacões. Segundo artigo da NASA, modelos preveem que esses fenômenos devem provocar chuvas mais intensas e maior risco de enchentes por conta das mudanças climáticas. Com o aumento do nível do mar, surgem maiores tempestades que contribuem para a formação dos furacões.
O ar mais quente retém mais umidade. Ventos em espiral levam esse ar carregado para o centro do furacão, o que fornece combustível para enormes tempestades ao redor. Uma vez que as temperaturas estão mais altas e os furacões retêm mais vapor d’água, as taxas de precipitação aumentam.
Os modelos científicos também mostram que as mudanças climáticas intensificam os ventos dos furacões.
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