Em 2023, como parte do projeto Sign In Space, que visa envolver cientistas cidadãos para traduzir sinais extraterrestres, a sonda Trace Gas Orbiter (TGO), da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), enviou à Terra um sinal que simulava um primeiro contato com alienígenas. Um ano depois, uma dupla formada por pai e filha finalmente desvendou o sinal.
Como o sinal “alienígena” da sonda da ESA foi decifrado
- A mensagem foi captada por três observatórios de radioastronomia;
- Depois, eles deveriam extrair a mensagem dos dados brutos do sinal de rádio e decifrá-la;
- Dez dias após o começo da “missão”, mais de cinco mil cientistas cidadãos de vários países criaram uma coalizão online e tentaram decifrar o sinal a partir de vários recursos e habilidades;
- Foi preciso um ano para que Ken e Keli Chaffin, pai e filha, quebrassem a codificação. Eles fizeram várias simulações, por meio das quais descobriram que a mensagem era composta por cinco grupos de pontos brancos e estruturas contra um fundo preto;
- Ela sugeria processos de formação de células e da vida em si. “Minha mensagem decodificada é uma imagem simples com cinco aminoácidos representados em diagrama molecular universal (espero) e alguns píxeis entre os aglomerados e os diagramas moleculares”, escreveu Ken, conforme informações da ESA.
Quem produziu a mensagem foi a radialista e residente no Instituto SETI, Daniela de Paulis. Ela teve ajuda de um grupo de astrônomos e cientistas da computação. Ela recebeu a mensagem decodificada em 7 de junho. Nela, há a representação de cinco aminoácidos, consideradas as moléculas consideradas pela ciência os blocos construtores da vida atual.
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Shaffin explicou que os “blocos” da imagem possuem píxeis representantes dos números atômicos de hidrogênio, carbono, nitrogênio e oxigênio. “É incrível ver todos os autômatos celulares, ou espaçonaves, levarem os pedaços binários da mensagem por toda a ‘galáxia’ e, depois, estes pedaços se combinarem em coerência e significado”, completou.
Os autômatos são modelos constituídos por grade de células, podendo ser utilizados em modelagens de áreas, como física, biologia teórica e microestruturas.
Próximos passos
Uma vez que a mensagem foi finalmente decodificada, Daniela e seus colegas observarão como os cientistas cidadãos estão interagindo e lidando com a “gincana”. Os próximos passos envolvem interpretação da mensagem e descobrir qual o significado dela, ou seja, qual a verdadeira mensagem que ela buscou transmitir.
Os participantes precisam incluir descrição do método utilizado para replicação e verificação dele. As possíveis explicações vão desde trocas culturas a ameaça de invasão à Terra. O objetivo do desafio é descobrir se estamos preparados para ter o primeiro contato com extraterrestres.
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