“Bolas de Fogo” Táuridas podem representar uma ameaça à Terra?

Todos os anos, a Terra é presenteada com diversas chuvas de meteoros, que ocorrem sempre nos mesmos períodos, quando o planeta cruza a órbita de detritos espaciais e vice-versa. 

Entre essas chuvas, estão as Táuridas, que ocorrem entre setembro e novembro (no hemisfério sul) e entre outubro e dezembro (no hemisfério norte). Elas são conhecidas por produzir “bolas de fogo” – meteoros extremamente brilhantes que podem superar o brilho de Vênus e durar mais tempo no céu.

De acordo com o site InTheSky.org, o pico da chuva de meteoros Táuridas do Sul acontece nesta quinta-feira (10), a partir de mais ou menos 19h (pelo horário de Brasília) e ao longo de toda noite, madrugada adentro.

Um meteoro da chuva Táuridas fotografado em 2015 no Quênia. Crédito: Babak Tafreshi (TWAN) via APOD NASA

O momento de maior exibição, no entanto, deve ocorrer por volta da 1h da manhã de sexta-feira (11), quando o radiante dessa chuva de meteoros, que fica na constelação de Cetus, estará mais alto no céu. A previsão máxima é de cinco rastros luminosos por hora.

Um app de observação, como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView, pode ajudar a encontrar a constelação de Cetus.

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Previsões de risco de impacto dos detritos com a Terra foram revisadas

Segundo a NASA, os meteoros do enxame Táuridas são formados pelos fragmentos do cometa Encke queimando na atmosfera. Por ocorrerem no mês de outubro, eles são chamados de “bolas de fogo de Halloween”. 

Esse evento já foi considerado uma ameaça devido à possibilidade de conter detritos maiores, capazes de causar danos à Terra. Pesquisadores especularam que o enxame poderia abrigar rochas de um a 100 km de diâmetro, com potencial para causar grandes impactos. 

Um meteoro bola de fogo sobre uma cidade no Canadá. Crédito: American Meteor Society

Recentemente, uma equipe liderada por Quanzhi Ye, da Universidade de Maryland, nos EUA, utilizou o telescópio Zwicky Transient Facility (ZTF) para examinar essa chuva com mais precisão. E o resultado da pesquisa é tranquilizador: a equipe descobriu que há menos objetos grandes do que se acreditava.

“Nossas descobertas sugerem que o risco de ser atingido por um grande asteroide no enxame de Táuridas é muito menor do que acreditávamos, o que é uma ótima notícia para a defesa planetária”, disse Ye em um comunicado.

Estima-se que existam apenas entre nove e 14 asteroides grandes no enxame de Táuridas. O cometa ao qual esses detritos pertenciam provavelmente tinha cerca de 10 km de diâmetro, muito menor do que os 100 km inicialmente sugeridos. Isso reduz significativamente o risco de impacto de um grande asteroide proveniente das Táuridas com a Terra.

A equipe planeja realizar novas observações em 2025 e 2026, para garantir um monitoramento contínuo. O estudo foi apresentado na 56ª Reunião Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana.

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